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Qual é a relação entre a crise hídrica e o óleo jogado na pia?

A preocupação da Ambiental Santos vai além da reciclagem de óleo de soja usado

Autor: Aroldo GlombFonte: KAKOI Comunicação

A preocupação da Ambiental Santos vai além da reciclagem de óleo de soja usado, alcança toda a cadeia ecológica - ainda mais agora, com o cenário de crise hídrica - principalmente em Curitiba e Região Metropolitana cujo nível dos reservatórios é de 27,50% de acordo com levantamento da Sanepar do dia 29 de outubro.

Em outras palavras: a estiagem é severa, afetando não só a capital como toda a Região Metropolitana de Curitiba nos últimos 12 meses, gerando um déficit hídrico em torno de 650 milímetros.

O cenário é grave
Com pouca água, o fornecimento da Sanepar precisou ser adaptado para rodízios com intervalos de 36 horas, para não gerar desabastecimentos. Se não chover nos próximos dias e o percentual do reservatório atingir 25%, o rodízio que está atrapalhando a vida de todos desde março, vai passar para 48 horas.

Por isso que todo cuidado com a água é pouco e jogar óleo na pia não deve (ou pelo menos não deveria) acontecer. Em tempos de escassez, em que as entidades governamentais discutem planos alternativos para cuidar da água, a população deveria fazer o seu papel mais ativamente para minimizar as consequências da crise hídrica.

“Muito já se falou sobre o quanto o óleo pode contaminar a água e que um único litro de óleo de cozinha pode poluir até 10000 litros de água — e alguns especialistas entendem que este mesmo litro de óleo pode ser mais prejudicial, atingindo até um milhão de litros de água! O volume é o que uma pessoa consome durante 14 anos! Acrescente nesta matemática que a cada 100 litros de água tratada no Brasil, somente 63 litros são consumidos e os 37 restantes são perdidos em situações como vazamento, ligações irregulares, falta de medição ou medição incorreta e roubos” reforça Vitor Dalcin, Diretor Executivo da Ambiental Santos.

Por isso, todo cuidado com a água é pouco. A média de uso diário recomendado pela ONU é de 110 litros por habitante/dia, porém o Instituto Trata Brasil apontou que o consumo médio brasileiro é de 166,3 litros por habitante/dia. Ou seja, estamos gastando 51% a mais do que é recomendado.

Faça sua parte;
1 - Não gaste água sem necessidade com banhos longos ou lavando carros e calçadas
2 - Verifique se há alguma fuga de água em vazamentos na sua casa ou empresa
3 - Separe o óleo vegetal para reciclagem e não contamine o pouco de água que ainda nos resta.